Eu quero sangue para minhas veias entupidas, pessoas! E quero carnes para os meus dentes moles! Como é que eu posso explicar? Eu sou escroto e eu exijo respeito! Eu sou escroto e eu exijo respeito!
Eu só tenho de especial o monte de molho do McDonald's que eu comi! E essa barriga, não duvide, são cerca de 1.500 sapos mal digeridos... E daí? Você vai falar merda e eu vou continuar aqui, rindo para você, trabalhando para você, inventando soluções inovadoras para você, e, enquanto continuar a merda toda, enquanto nada de pior acontecer com o clima, com essa inexplicável passividade de toda a conjuntura interna e internacional, a nossa toada vai ser essa bossa nova, sofisticada, velha, alegrinha, fake, fajuta, futilizada, e as nossas palavras vão continuar essa coisa morta e a nossa porra não vai vingar nunca, em ventre nenhum, e o nosso eco vai continuar passeando inutilmente, voltando e fugindo de novo, se encolhendo, minguando, e a gente vai estar aqui, no mesmo lugar, contando as mesmas histórias, deschavando o mesmo back de pontas e bolando de novo... quase igual, quase igual...
E eu hei de continuar gastando a minha paciência com as mesmas coisas erradas. E continuarei não merecendo a complacência que eu mesmo estiver tendo comigo. E hei de continuar não valendo a pena nem para uma conversa, isso de tão rachado, de tão vencido, de tão acabrunhado, cabisbaixo, macambuzio, e vou acordar ainda umas 15 mil noites, como esta, e o meu desabafo vai ainda permanecer pelo meio, igualzinho aconteceu hoje, igualzinho está rolando agora... Porque eu me levantei e não aconteceu nada, eu me levantei e tudo que aconteceu foi que eu me lavantei. Fui escrever e quem venceu foi a merda. E é a merda quem tá cantando vitória! E eu lamentaria se tivesse o que lamentar. Eu, que nunca tive prisão de ventre. Eu, que nunca saí da terra do nunca. Eu que nem sei se algum dia estive por aqui.
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