Considerando que tenho escrito pouquíssimo, essa distância me liberta para falar mal do ato de escrever. Pois é, lá vai o traidor. kkkk.
O fato é que escrever é uma merda. Sério(rs)! Alíás, os dons, em geral, são uma desgraça, porque obrigam a gente a persegui-los e a gente fica escravo dessas coisas todas, tendo que pesquisar um monte, se esforçar pra caralho, abrir mão de horas de amizades e farras, deixar de ler coisas maravilhosas para escrever qualquer titica meia-boca. Sério, gente, isso é coisa de doido, e só explicações malucas podem justificar tanta sandice.
Exemplo: Se escrever é gastar um tempo raríssimo, o melhor poema sobre isso é aquele que não foi escrito. Pois, na forma, e no conteúdo, traz tudo o que a gente queria dizer, não é mesmo?, ou seja: nada. kkkk. Isso não exemplificou bulhufas.
Outro exemplo: Se escrever é uma coisa dolorosa e a gente se expõe e expõe os amigos e quando tenta encontrar o sublime só esbarra no ridículo, paciência! Atentemos, deixa ver... à ridicularidade da vida, por exemplo. É o momento! É lama!!! De barro preto, terra roxa, da boa, da lata, que tem adubo a dar com pau, mas é lama. Só mão de calo, muito calo, vai lá constrói um império de alfaces e couves-flores. Mas isso é raro. E as gentes de dons, em geral, não têm paciência pra essas coisas. Desencana.
Escrever é menos útil do que pitar um cigarro. A fumacinha, efetivamente, danifica o pulmão e fica impregnada na roupa. Da gente e dos outros, aliás. Aquelas espirais que se formam são uma coisa linda, mais bonitas do que nuvens e, pensando agora, acho que sei porque isso acontece. É que as porras das nuvens têm sempre fundo azul, oras! Que saco neh? Nunca mudam o windows do planeta. E a gente que falava mal do Bill Gates. Mas vamo lá. A porra da fumaça vai que vai, e o ser humano que fuma - à exceção de raças como jornalistas e delegados, que fumam trabalhando - minuciosamente, deliciosamente, religiosamente, finalmente!, consagra aquela horinha sagrada ao desgraçado vício (uns minutinhos roubados à furia de ganhar o pão com o suor do pescoço) e isso é uma das coisas mais lindas. Deus salve essa merda! Essa coisinha é sagrada mesmo, ainda que eu não fume essa caretice. E se eu fumasse ia ser a mesma coisa, mas que se dane. Não sei ao certo se ainda estou escrevendo sobre escrever.
Escrever, como vocês sabem, é pedir, sem esperança, uma resposta sobre o amanhã. Essa coisa de não ter esperança é muito clara no Drummond. Mas me lembrem de publicar uma letra do Márcio que fode de vez com a esperança que, convenhamos, pode ser das piores desgraças a afligirem escritores e não escritores, criando eternos países do amanhã, eternos posts do amanhã e, por que não, experts e perfects almires e libertários do amanhã. Ah, esses valores maravilhosos que não valem um cocô de pombo na careca da gente! Hahahahá! Bora brincar de adivinhação que a gente ganha mais, sabe.
Escrever é coisa de fofoqueiro, que sai por aó bisbilhotando a vida alheia e a própria. E não tem coisa pior, vou falando. Fofoqueiros da degraça, conselheiros frustrados da merda de estarmos vivos, poligRotas de linguas inventadas, sonhadas, caçadores de pássaros translúcidos e ilhas tormentosas, uni-vos!!! Vocês vão se foder se fizerem isso, podem estar certos. Mas se foder é o melhor que há, dizia a amiga Karin. Se eu estiver por aqui até apareço. Mas não serei eu a marcar o local. Hahahahahá!!!!! Bjs, bjs, bjs, bjs!!!!! Tô maluko hoje! kkkk !!!!
Um comentário:
esconjura o ato de escrever, mas, esconjura mesmo, mais...
não nos deixe em abstinência por favor...
beijo
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