Acabo de cometer um aborto. Matei Eva. Os que dela souberam têm noção de que ela foi mais um sonho do que um projeto.
Quanto tempo perdi com ela? Quinhentas horas? Mil? Quantos sonhos absurdos ela me deu? O último, no segundo do assassinato, digo, do aborto, foi algo como uma obrigação. Sim, eu estava obrigado a realizá-la, pois outro o fará e, é claro, o mundo seria melhor se fosse meu esse poder.
Talvez até fosse. Mas foda-se.
Descobri há quatro anos que os caminhos não existem. Que as decisões políticas são uma farsa. E que o que existe é força ou não para cumprir uma decisão.
Hoje aconteceu. Não foi o "Ziggy Stardust and the spiders from mars", que eu parei de assistir para cometer o aborto. Não. Mas foi um salto. Uma sensação como aquela de cair do trapézio. Aquela que balança a gente sempre que está à beira da janela.
Foi um dos maiores saltos, meus caros, me parabenizem. Contarei a cada um o que significa, pois agora terei um pouco mais de tempo.
Amo a todos, e ei de amá-los ainda mais.
Beijos.
Um comentário:
oi almir!
tenho algo muito importante a falar, siga teu coração, apenas isto.
um abraço meu amigo!
não demore a desdobrar teus carinhos e tuas piras por aqui...
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